domingo, 18 de abril de 2010

Quem poderá eleger Fernando Nobre

Qualquer que seja a eleição em Portugal a mesma só ganha com aquilo que genericamente se chama o “voto do centro”, que corresponde a uma massa da população que não é muito politizada, que não se revê ideologicamente em “extremos”, que preza, antes de tudo, o mais a estabilidade e a calma.
Uma eleição presidencial não é excepção. A maioria dos portugueses pretende ver no seu Presidente da República, alguém que possa, em última análise ser quer o garante da soberania quer o garante do bom funcionamento institucional de todo o sistema político.
Alguém que não esteja submetido a interesses partidários, económicos ou de facção – qualquer que essa seja.
Alguém que seja profundamente conhecedor da realidade nacional (que é feita de passado e presente) e capaz de ajudar a sociedade em geral a perspectivar o futuro.
O Doutor Fernando Nobre tem todas as características humanas e cívicas para corresponder a esse ideal de Presidente da República amplamente partilhado pela maioria dos Portugueses.
Mas essa maioria dos Portugueses – essencial para eleger o Doutor Fernando Nobre – só apoiará esta candidatura se não vir nela uma plataforma de extremistas, de ressabiados (seja com os políticos, seja com os partidos, seja com o sistema político, seja com o regime político) ou de nostálgicos do espírito de Maio de 68.
Na minha opinião a candidatura do Doutor Fernando Nobre só terá sucesso (e o sucesso é a eleição, não nos esqueçamos) se não for um somatório de um conjunto dos muitos “anti”, mas sim o somatório de um conjunto de pessoas que acham que os políticos podem e devem ser melhores, que os partidos podem e devem ser melhores, que o sistema pode e deve ser melhorado e sendo que o regime – a Democracia – poderá evoluir positivamente.
Esse conjunto de pessoas até pode estar descontente, alguns até podem nem votar há muitos anos e nem se reverem no status quo sistémico vigente, mas não está, seguramente não está, “fora do sistema”, não é sequer marginal do sistema.
A “diferença da candidatura do Doutor Fernando Nobre” deve assim, e na minha opinião, assentar na genuinidade cívica do seu aparecimento e na capacidade de aportar caminhos para a melhoria das condições do exercício da política e da cidadania em Portugal, através de um discurso coerente, consistente, livre, moderado e realista.
Se a candidatura do Doutor Fernando Nobre for apenas aquilo que acima me referi como uma plataforma de “antis”, poderá até ter piada, poderá até dar nas vistas, mas não passará disso e como se costuma dizer “morrerá na praia”.

domingo, 11 de abril de 2010

O Porto e a candidatura do Doutor Fernando Nobre

A candidatura presidencial do Doutor Fernando Nobre, importantíssima em termos nacionais, pode revestir-se de especial relevância para toda a AMP e muito especialmente para a cidade do Porto.
O Porto há décadas que perde protagonismo e importância no contexto nacional e consequentemente no internacional.
O Porto que foi uma referência em vários contextos – do económico-empresarial ao científico-cultural – é hoje quase uma insignificância (apesar de algumas excepções).
Há várias razões que contribuíram para esta triste realidade, mas o facto do Porto se ter acomodado às lógicas exclusivamente partidárias no seu legítimo combate por notoriedade e importância no contexto nacional, deixando morrer outros meios de intervenção cívica e de diferenciação, servindo o “Porto” apenas como trampolim para Lisboa de vários dos seus protagonistas, condenou a cidade e a região de que é capital natural a servir interesses alheios e não os seus. O resultado está à vista.
O Porto tem sido usado e abusado pelos aparelhos partidários e permitido a ascensão de demasiados medíocres interessados nos seus próprios umbigos.
Se não fosse a Casa da Música ou Serralves, o Porto, estaria reduzido aos êxitos do Futebol Clube do Porto e à guerra dos foguetes entre Porto e Gaia.
Convenhamos que é pouco. Muito pouco.
Por tudo isto chegou a altura do Povo do Porto, o povo herdeiro daquele a quem nem Bispo nem Rei fez medo, de dizer e de fazer de sua justiça.
O Doutor Fernando Nobre é o candidato da cidadania. Não da cidadania poética mas da cidadania da acção clara e inequívoca pelo bem dos demais.
O Doutor Fernando Nobre é o candidato que conhece o País e as potencialidades do Porto enquanto território onde a generosidade e amor ao trabalho foram bandeiras.
Bandeiras que o Doutor Fernando Nobre tem condições de ajudar o Porto a recuperar, para fazer a diferença num Portugal contemporâneo, inserido na amplitude do mundo, atento à Universidade, às Empresas, à Inovação e à Cultura.
MNN

quarta-feira, 24 de março de 2010

O candidato CIDADÃO

As candidaturas presidenciais no nosso País são de iniciativa exclusivamente pessoal e correspondem a um exercício individual de direitos de cidadania. O legislador entendeu, e bem, que o Primeiro Magistrado da Nação surgisse da “sociedade civil pura” e não como um output directo de instituições, que embora sejam essenciais ao funcionamento da Democracia não a esgotam, como são os partidos políticos.

Tendo em conta a natureza e a relação de equilíbrios que caracterizam o nosso sistema político, esta forma particular e pessoal de propositura, serve essencialmente para reforçar a possibilidade de nós cidadãos podermos, de forma directa, escolher e responsabilizar directamente um de nós para o exercício das ditas funções, escolha essa que encerra o máximo da legitimidade democrática porque se traduz em facto na eleição de uma pessoa singular pela maioria dos seus concidadãos. É a Democracia a funcionar directamente.

Apesar desta realidade formal o que tem acontecido, infelizmente, é que todos os Presidentes eleitos nesta nossa III República ou foram candidatos produzidos directamente pelo universo partidário ou foram por esse mesmo universo condicionados no exercício das suas funções (houve até um Presidente da República que no exercício de um dos seus mandatos promoveu e estimulou a formação de um partido político).

Esta realidade objectiva tem obrigado – consciente ou inconscientemente – os diversos Presidentes da República a agirem não só balizados pelo enquadramento legal-constitucional que informa e enforma o exercício do cargo mas também subordinados aos interesses legítimos mas particulares dos vários partidos políticos, contribuindo isso quer para o desprestígio da função presidencial quer para a perversão do espírito que inspirou o legislador.

Esta pressão partidária é perfeitamente visível quer na forma como o actual Presidente da República está a exercer a parte final do seu mandato, procurando a todo custo não ferir as sensibilidades do eleitorado específico dos partidos do centrão (PS/PSD), dando ( e permitam-me a expressão) “uma no cravo e outra na ferradura” quer no comportamento do candidato Manuel Alegre que tudo fez para ser – e já é – o candidato do Bloco de Esquerda – e para vir a ser o candidato “oficial” do PS, subvertendo por completo as características e motivações da sua última candidatura presidencial.

O que isto tudo representa é – para mal da nossa Democracia – uma sobrevalorização das lógicas partidárias e uma subvalorização da importância do exercício individual dos direitos e deveres de Cidadania.

Como contraponto a esta realidade – a realidade partidária de Cavaco Silva e de Manuel Alegre – surge a candidatura do Doutor Fernando Nobre.

O Doutor Fernando Nobre não é conhecido ou reconhecido por ser um político – na acepção restrita da expressão – mas sim por ser um Cidadão. Um cidadão que ganhou esse estatuto não apenas por cronologia ou capacidade intelectual mas sim por ter uma vida que adjectiva “Cidadania” em toda a sua plenitude.

O Doutor Fernando Nobre é um de nós, cidadãos, que se submete à possibilidade da nossa escolha, por um imperativo moral que se concretizou pela expressão livre da sua própria vontade de servir.

É nessa qualidade – a de Cidadão – e não outra que o Doutor Fernando Nobre se submete ao nosso escrutínio. Alguém que tem um percurso de vida – enquanto cidadão – reconhecido e que é portador de uma “mundividência” que lhe é própria e que não encaixa nas caixinhas irrelevantes etiquetadas com “esquerda” ou com “direita”, mas sim naquilo que o Povo reconhece ser “Fernando Nobre”.

Quem esteve com Manuel Alegre nas últimas eleições presidenciais por ver nele uma expressão pura de cidadania – e não por qualquer outra razão – e que já não está com ele porque percebeu que Manuel Alegre decidiu – com toda a legitimidade é certo – ser apenas um candidato partidário – que é o que ele é hoje por mais que ele afirme o contrário – hoje, no espectro dos candidatos assumidos e expectáveis, só poderá estar com Fernando Nobre.


Mário Nuno Neves

Razões para um apoio

Razões para um apoio:

AQUI
e
AQUI

Vicente Ferreira da Silva

domingo, 14 de março de 2010

Porque razão vou votar Fernando Nobre!?

Bem, primeiro, não faz parte de nenhuma das elites politicas actualmente no poder, segundo porque o percurso deste cavalheiro é admirável e irrepreensível, terceiro porque será com toda a certeza o presidente de todos, e digo mesmo TODOS, os portugueses, acredito que será mais depressa presidente de um sem abrigo do que de um administrador de uma empresa xpto, quarto porque venha quem vier vamos vencer, seja quem for, a vitoria (não a águia looool) já é nossa... Parabéns pela pessoa que é meu caro Dr. já era seu fã antes desta candidatura e continuarei a se-lo depois e durante.

Abel Ribeiro

Porque razão vou votar no Doutor Fernando Nobre

Tenho 46 anos de idade e sou um docente universitário com diversos trabalhos de investigação sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação para a área da comunicação de projecto e participação pública.

Desde o primeiro momento em que soube da intenção do Doutor Fernando Nobre de candidatar-se à presidência da República, senti que não podia deixar de expressar o meu apoio a uma pessoa cujo percurso de vida até agora demonstra claramente a coragem de expressar as suas opiniões, mesmo quando isso significa ser politicamente incorrecto. Quem queira ter prova dessa coragem e liberdade interior, pode facilmente encontrá-la nas sua opiniões públicas, registadas em diversos media, sobre assuntos tão críticos e polémicos como, por exemplo, as guerras do Iraque, de Israel e Palestina ou mesmo nas suas opiniões politicas que o levaram a apoiar em 2002 o Dr. José Manuel Durão Barroso e o PSD, em 2006 o Dr. Mário Soares e o PS e em 2009 o Dr. Miguel Portas e o BE. Isto significa, para mim, que estamos perante um homem que age de forma coerente com a sua consciência, que é como uma roda que gira em torno do seu próprio centro.

A sua postura de vida é, assim, um importante exemplo que demonstra aos mais jovens ser ainda possível rejeitar com dignidade a indiferença e o cansaço, tão comuns nos dias de hoje, e lutar contra os problemas que nos afectam a todos como cidadãos, assumindo com seriedade os deveres e direitos de cidadania e expressar as nossas opiniões sem medo. Para além de tudo isto, há a acrescentar o seu trabalho exemplar de cariz humanitário como fundador da AMI em Portugal, que é conhecido de todos nós.

Acredito, desta forma, que alguém como Fernando Nobre, possui a estatura e o perfil necessário para os tempos difíceis que Portugal atravessa, de descrédito da sua classe politica e de situação económica e social complicada.

Ao contrário das opiniões de muitas cronistas da nossa praça, eu acredito que é possível e desejável que o cargo de presidente da Republica seja ocupado, neste momento, por alguém com suficiente estatura e exterior à politica partidária e militante, como é o caso desta candidatura. Isto porque Fernando Nobre está, de facto e logo à partida, numa posição privilegiada de maior distanciamento capaz de contrapor os interesses do País como um todo, pensando principalmente na sua sociedade civil que se sente impotente perante o domínio cada vez maior da política dos partidos e de suas redes de interesses diversos. É necessário alguém com grande inteligência e estatura humana e política para ser capaz de criar os necessários consensos, e ter um verdadeiro papel moderador que sirva como uma referencia acima dos partidos e das sua teias clientelares. Essa pessoa é, na minha opinião, o Dr. Fernando Nobre pelas razões que expressei ao longo deste parágrafos.

Ao contrário do que afirma o Leopardo Fabrizio Salina, personagem do livro de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, Portugal precisa mesmo de mudar de dirigentes para que tudo não continue na mesma. Finalizo assim este texto apelando ao voto de todos nesta candidatura para que Portugal reconquiste as dimensão éticas, sociais e políticas que tanto necessita para ultrapassar os tempos actuais de dificuldades várias, com justiça, sem mentiras e de cabeça erguida.

Pedro Leão Neto